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Religiões excêntricas

Existem diversos tipos de religião no mundo, desde as mais eventualmente conhecidas até as mais excêntricas que você nunca imaginou na vida! Não estamos aqui para julgá-las, pois se cada uma delas, da forma que são, enchem o coração de seus fiéis de alegria, fé e esperança, cada um se torna completo do jeito que lhe convém, e isso é muito bom!

Como exemplo, das que achei mais exóticas:

1) A religião Jedi

O “Jedaísmo” é uma mistura do taoísmo e do budismo, e também incorpora elementos da cavalaria medieval. Não há nenhuma doutrina formal central, por isso é vagamente conhecido como o Código Jedi.

May the Force be with you, irmão!

Embora isso não seja confirmado, existe um boato de que os Jedi mais velhos obrigam membros que queiram aderir à religião a assistir a trilogia original de Star Wars 16 vezes seguidas (somente a primeira trilogia, pois os filmes mais recentes são considerados uma abominação). Isso pra aderir, imagina pro batismo hahaha, ainda não assisti as 16 vezes, mas estou na 4ª ou 5ª vez, sou um padawan!

2) Movimento do Príncipe Phillip

O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth, é um deus no sul do Pacífico. A tribo Yaohnanen de Vanuatu acredita que o príncipe Philip é um ser divino, filho de um espírito da montanha que viajou pelos mares para um lugar distante, se casou com uma mulher poderosa, e retornará à sua terra um dia.

O movimento é um tipo de “culto a produtos”, onde as tribos se focam na obtenção de bens materiais trazidos das nações industrializadas, que vieram em grande quantidade na época da 2º Guerra, quando Vanuatu era uma espécie de aeroporto.

Na peita e no coração!

Quando a guerra terminou e as bases se fecharam, as entregas também terminaram. Então, o que os nativos fizeram? Criaram falsos aeroportos e equipamentos de rádio com cocos, na esperança de atrair mais entregas imitando o que tinham visto. Assim, quando o casal real fez uma visita oficial a Vanuatu em 1974 (levando presentes), a lenda do príncipe Philip cresceu ainda mais.

Caso você esteja se perguntando, sim, ele soube do gracejo, e decidiu mantê-lo! Eu faria o mesmo hahaha, fácil, tipo “mim fome, tragam-me comida!”

3) Igreja Maradoniana

Fundada em Rosário, na Argentina, em 1998, a Igreja Maradoniana já conta com em torno de cem mil seguidores. Tudo começou na madrugada de 30 de outubro daquele ano, quando dois amigos se encontraram: o jornalista Hernan Amez e seu amigo Hector Campomar. Um olhou para o outro e disse: “Feliz Natal!”, numa alusão ao aniversário de Maradona, o maior jogador de futebol argentino e para muitos, o melhor do mundo.

A religião tem o tetragrama sagrado, D10S, que mistura a palavra em espanhol para Deus (Dios) com o D de Diego e o 10 da sua camisa.

Essa brincadeira escarnecedora evoluiu para uma ideia que a dupla chamou de mágica. Convidaram outro amigo e fanático por Maradona, Alejandro Verón, e juntos resolveram fundar a Igreja Maradoniana. Desde então, para esses zombeteiros, o calendário passou a ser dividido em AM e DM, isto é, antes e depois de Maradona. Nesse caso, estamos hoje no ano 52 DM.

Todos os anos, desde 1998, os seguidores de Maradona festejam o seu Natal, a 30 de outubro, e o que chamam de Páscoa, a 22 de junho, numa referência ao gol que consideram milagroso contra a Inglaterra na Copa de 1986, quando o jogador driblou vários adversários. No mesmo jogo, o craque argentino fez um gol com a mão e respondeu aos jornalistas após a partida, cinicamente: “Gol com a mão? Foi a mão de Deus”.

No lugar onde os maradonianos se reúnem há um altar ao seu ídolo, onde os sacerdotes, com trajes similares aos dos padres católicos, acendem velas. Além disso, há uma bola “ensanguentada”, com uma coroa de espinhos. Numa entrevista ao jornal Lance!, o fundador do movimento afirmou que é possível ser católico e maradoniano, pois um é o deus do coração, e o outro da razão, numa demonstração de que não está brincando quando endeusa o ex-jogador. E concluiu: “Não queremos mudá-lo, o adoramos como ele é”.

Zombando do cristianismo e idolatrando Maradona, o maradonianismo conta com mais de 15% de brasileiros (?), entre eles alguns famosos como: Ronaldinho Gaúcho, Deco e o ex-jogador Careca (grande amigo de Maradona).

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É… AMÉM!

Postado por Fábio (Grilo)

 

 


Zé do Caixão (Coffin’ Joe) + Heavy Trash

Zé do Caixão (ou Coffin’ Joe como é conhecido lá fora) não teve tanto reconhecimento aqui no Brasil (a não ser em quadros de humor e/ou sátiras). José Mojica Marins, criador deste célebre personagem, desenvolveu um estilo próprio de filmar, que inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. Mojica é considerado como um dos inspiradores do Movimento Marginal no Brasil.

Zé do Caixão, personagem criado por Mojica em 1963, foi baseado numa figura de um pesadelo do cineasta. É um personagem amoral e niilista que se considera superior aos outros e os explora para atender a seus objetivos, é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não crê em Deus ou no Diabo. O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: Ele quer ser o pai da criança superior a partir da “mulher perfeita”. Sua ideia de uma mulher “perfeita” não é exatamente física, mas a de alguém que ele considera intelectualmente superior à média. Na busca por esta mulher ele está sempre disposto a matar quem cruza o seu caminho (tem gente que faz isso até pras que não são tão intelectuais assim…)

Em 2011 apareceu dentro de um caixão suspenso na Praça Júlio Prestes, abrindo o show do MISFITS na Virada Cultural (que foi FÓDA!), só que a galera começou a atirar latas de cerveja e garrafas de água… daí não deu muito certo e ele jogou uma praga na galera, claro!

 “Estão atirando coisa, me machucáro, quase que me cegaram os olhos, segura as pessoa, seus vândalo, malvados, bandido, (?), merece realmente para as profundezas do infeeeerrrrno” 

Enfim, já o Heavy Trash é uma banda de rock ‘n’ roll, rockabilly, blues, country e garage punk liderada pelos fodíferos Jon Spencer (frontman do incrível The Jon Spencer Blues Explosion) e Matt Verta-Ray (guitarrista do Speedball Baby). Com toda essa temática, os dois se juntaram em 2009 num show intimista da MTV, onde Jon Spencer contou de sua vontade em conhecer Zé do Caixão, e como isso foi realizado!

Música: You Can’t Win

Confira o show completo também, porque vale a pena!

Músicas: Justine Alright, (Matt Verta-Ray contando como criou a banda com Jon Spencer) Dark Hair’d Reider, Bumblee Bee

Músicas: Papo sobre influências, e a história da música a seguir – She Baby, (Jon Spencer conta a origem do nome Heavy Trash), Way Out

Postado por Fábio (Grilo)